quarta-feira, 29 de maio de 2013

XIII



Mas que graça tem essas ruas
essas casas,
essas pessoas,
esses dias,
essas noites,
todas as coisas comuns?
Que graça tem o normal?
Meus olhos não conhecem enseadas,
conhecem cobras de vidro.
Eu não gosto das palavras,
gosto das imagens que delas se formam.
Dizem que poeta enxerga além da realidade,
o que não é verdade.
Poeta não enxerga nada além do que qualquer pessoa comum
mas tem um sentimento para tudo aquilo que vê.


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