quarta-feira, 29 de maio de 2013

XI



Tempo, tempo passa
O meu tempo se arrasta 
Tudo em volta de mim passa
Eu continuo aqui

Canto como canta o pássaro
No meu canto, canto
Passa o pranto, não demora
Chega a hora de dormir 

Venho de onde venho, vou
Chego sempre aonde estou
Calo o vento na calada 
Da noite de Mondesir

Vida não tem nada que a valha
Pena é que é tão pequena 
Tanta maravilha me atrapalha
O pensamento que é sentir

Coisa sem sentido a gente
Morrendo, amando inutilmente
Partido, o coração logo se sente 
Entregue a solidão

Ouça o choro quente da viola
A chuva fria do lado de fora
O meu cavalo tem certeza 
Quer sair daqui

Viajando desregrado prosa e verso 
Não sei saber onde termino, onde começo 
Te levo onde for 
Só não me diga aonde ir

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