segunda-feira, 19 de agosto de 2013

XL



Se me deixas livre 
Começo a correr 
E me perco nos meus passos
Encaro o sol com olhos nus
E não sei mais o que faço

Mas se me atares os pés
Desde o principio 
Somente por teus pés irei andar
Apenas saberei
O que de ti puder sondar
E como não?
Somente a ti irei amar 
Até o dia em que estes olhos nus 
De ti irão se libertar

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

XXXIX



Nas noites de insônia 
Longas noites escuras
Eu fico deitado
Com um nó na garganta
Encarando a Lua
Que fica do alto 
Olhando de lado
Pra cada pessoa
Que passa na rua 
Pedindo atenção
A Lua já sabe
Que cada pessoa
É uma solidão
E o ser sozinho
Só quer compreender 
A sua razão 
Todo ato é parte da busca
E todo sonho é um ponto de fuga


XXXVIII



Eu tenho um amor impossível 
E que este continue assim
Pois não fosse ele impossível 
Poderia carregar alguma esperança
Não fosse ele impossível
Perderia meu tempo tentando
Sofrendo, chorando
Não fosse este um amor impossível
Eu fecharia meu peito
Aos possíveis amores
Que um dia virão



terça-feira, 13 de agosto de 2013

XXXVII



Dentro de mim
Há um labirinto de ideias
Todas perdidas
Dentro de mim
Eu sou um labirinto
E as paredes
Todas vivas
Dentro das minhas ideias
Eu vejo olhos
E eles me veem
Perdido
Procurando a saída 
Dentro de mim

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

XXXVI


Dentro de mim ninguém pode olhar
Há uma solidão imensa
Mas é somente minha
E ninguém pode alcançar 

Tenho saudades de um passado 
Que não aconteceu
De um tempo que não foi o meu
Do amor que veio mas se perdeu

O que realmente importa?
Às vezes eu penso que a vida
Tem importância equivalente a um sonho
Do qual se esquece logo que se acorda

Mas pensar é errar, pensar é uma doença
Por que a gente não para?
Porque somos humanos
Errados por natureza